O que são Cidades Inteligentes?
Primeiramente vamos entender o que são Cidades Inteligentes. Smart Cities em inglês ou cidades inteligentes (CIs) são imensas estruturas que ocupam um espaço físico urbano distribuído dentro de uma cidade. Nesta cidade estão presentes diferentes tecnologias de comunicação e informação (TIC); além de monitoramento, sensoriamento e controle. Assim, o objetivo é proporcionar gestão urbana racional de recursos. Portanto, entre esses recursos temos envolvidas questões como a energia elétrica, água, matérias-primas como plásticos, metais e outros.
Para que servem?
A população humana em nosso planeta atingiu 7,6 bilhões de habitantes em outubro de 2017 (dados de um ano atrás). A ONU estima que essa população chegará em 11,2 bilhões em 2100. E para piorar temos uma concentração dessa população nos maiores centros urbanos. Portanto, com isso há um aumento considerável do consumo de recursos da natureza, levando ao seu esgotamento.
Toda cidade onde temos aglomeração de pessoas, produz muitos detritos e lixos provocadas pelas relações sociais (industriais, domésticas e comerciais).
O objetivo das Cidades Inteligentes é promover o desenvolvimento econômico e a melhoria da qualidade de vida. Assim, as Smart Cities se utilizam de métodos, serviços e recursos financeiros de maneira estratégica.
Já existem cidades inteligentes?
Há pouco menos de 3 décadas, a concepção das cidades inteligentes era unicamente uma discussão acadêmica, havendo pouco resultado real. Entretanto, há pouco tempo atingiu um status de uma realização prática factível. Assim, começou a ser adotada em diversas cidades ao redor do mundo.
Fora do Brasil
Temos alguns exemplos de cidades inteligentes espalhadas pelo mundo, como, por exemplo: na cidade de Songdo, na Coreia do Sul, que é uma referência em planejamento urbano. Podemos citar também Santa Ana, no estado da Califórnia, nos EUA, que possui diversos métodos de reaproveitamento de água. Ainda, Los Angeles, também nos EUA, que possui IoT para controle de congestionamentos. Outro exemplo é Copenhague, na Dinamarca, que reduziu significativamente o uso de combustíveis fósseis.
No Brasil
No Brasil temos, ainda que timidamente, alguns exemplos de cidades inteligentes, tais como: Búzios no RJ, que é pioneira nessa área e em economia de energia. Outro exemplo é Paulínia, localizada em SP, que implementou 25 estações de coleta de lixo na cidade, diminuindo em 30% os custos com esse serviço. Fortaleza no CE, que é a 6ª cidade com melhor mobilidade urbana no Brasil. No RS, temos a cidade de Canoas que, por meio de IoT em um bairro piloto, aumentou a segurança. Assim, nele foram instalados 30 sensores para detectar ruídos de alerta, como disparos de armas de fogo.
Sustentabilidade!
A sustentabilidade pode ser definida como a capacidade que o homem possui de interagir com o mundo preservando as condições ambientais.
Então, cidades de países emergentes economicamente estão investindo bilhões de dólares para a implantação de sistemas inteligentes. O objetivo é criar condições de sustentabilidade e melhorar as condições de coexistência populacional. Ainda temos a questão do impulsionamento do crescimento econômico a partir da análise de dados.
Smart Cities na prática!
Os projetos de cidades inteligentes possuem três principais áreas de aplicação. Big Data, que corresponde ao processamento e tratamento de grandes volumes de dados. Também a integração de objetos via Internet das Coisas (IoT). Por fim Governança Algorítmica, que corresponde a gestão e planejamento especialmente efetivados por algoritmos aplicados à rotina urbana.
Autor: Prof. Fernando César Morellato