CTOs ou cabos drop, onde economizar?

Economizar em CTOs (Caixas de Terminação Óptica) ou nos cabos drop? Usar CTOs para 16 ou para 8 assinantes? Certamente não será falado aqui um assunto novo. Já foi abordado anteriormente. Mas devido à recorrência das perguntas, penso ser pertinente falarmos mais um pouco sobre isso.

Muitos provedores e seus projetistas ficam nesse dilema. A questão fundamental é se usamos maior quantidade de CTOs e, portanto, gastamos mais com esse item, assim economizando na ativação de clientes com o cabo drop? Ou então economizamos nas caixas CTOs e gastamos mais no cabo drop para as ativações?

O que representará a melhor escolha? Caixas CTO com menos clientes (oito por caixa) e em maior quantidade e drops mais curtos? Ou menos caixas CTO para atendimento a mais clientes (dezesseis) e drops maiores. Bem, a resposta para isso é relativa.

Dessa forma, para a resposta é preciso considerar diversas variáveis. Tais como os preços praticados para as caixas CTO para atendimento de oito ou dezesseis usuários, a medida de área do lote das residências, comprimento de abordagem do cabo drop e é claro, o custo por metro do cabo drop usado.

Uma das variáveis mais relevantes é a percentual, taxa de ocupação ou de taxa de penetração desejada porque representa um maior impacto no consumo de cabo drop. Taxa de ocupação de um determinado produto ou serviço, consiste na porcentagem de compradores que adquiriu o produto. E isso ao menos uma vez durante o período de tempo considerado para análise.

Conclusão: CTOs ou Drop?

Em conclusão, convém atentarmos que, quanto menor a taxa de ocupação (ou percentual de penetração) definida para um determinado projeto, tanto maior será o uso de cabo drop. Para projetos com maiores taxas de ocupação (acima de 60%) pode ser mais interessante a utilização de caixas CTO com 16 posições. Para menores taxas de ocupação (menores que 40%) o uso de CTOs com até oito posições é mais recomendado. Para taxas intermediárias pode ser irrelevante a escolha.

Mas, é importante lembrar que estas recomendações podem variar, o mais importante é que seja feito um projeto adequado a cada caso para evitar erros. As recomendações dadas se referem a premissas de lotes de casas de tamanho padrão (casas com frente de 10 m).

Professor: Fernando César Morellato